Nossos filhos são só mais um número?


SOMOS UM NÚMERO
Por Mayra Poitena
Dikerama.com

Se não tomarmos muito cuidado, viramos um número até para si mesmo. Porque a partir do instante em que nascemos classificam-nos com um número. Nossa identidade é um número. O registro civil é um número. Título de eleitor é um número. Profissionalmente falando nós somos também. Para ser motorista, tem carteira com número, e chapa de carro. Nosso prédio, telefone, número de apartamento… tudo é número!
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Nós não somos ninguém? Protesto!
Aliás, é inútil o protesto… meu protesto também é número. Se no hospital você é um número e na emergência você morre porque não estava no seu número... o que seria um protesto?
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Vamos ser gente, por favor. Nossa civilização está nos deixando secos como um número seco, como um osso branco seco exposto o sol.
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Mas vejam, tentei várias vezes na vida não ter número e não escapei. O que faz com que precisemos de muito respeito, compreensão, autonomia, nome próprio, genuidade… Vamos amar porque o amor não tem número. Ou tem?
Cada um é um, sem número. O si-mesmo é apenas o si-mesmo.

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Algo me fez pensar muito sobre este assunto hoje.
Minha filha está cursando o Pré II, e ano que vem vai para a Primeira série e inicia, de fato, sua vida educacional.

Não tenho formação em nenhuma área pedagógica, mas vou tentar abordar o assunto conforme minha percepção de cliente, uma vez que eu pago o colégio e minha filha é a consumidora direta nessa história.

Você sabia que existe um tal de: MARKETING DE RELACIONAMENTO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO? Que resumindo é um estudo que diz basicamente que:
Quanto mais positivas forem as percepções dos clientes em relação aos serviços prestados, maior será a sua fidelização e repetição de compra .

Sempre gostei da escola onde minha filha estuda, fico contente com o carinho das professoras, satisfeita com a estrutura física do colégio que é agradável e funcional, gostei da proposta que me foi apresentada em uma reunião muito bonita, bem ensaiada, com slides e etc para nos impressionar ainda mais... Isso tudo é muito bom e sei que observamos essas coisas quando temos que tomar uma decisão importante como esta.

Mas será que é só isso? Depois que a criança está matriculada, que o dinheiro cai na conta direitinho todo santo mês, como fica esse relacionamento escola/pai (cliente) ou escola/criança (aluno)?
Hoje tive uma triste percepção, digo percepção porquê como o Edson sempre diz, ações falam mais alto que palavras.
Ao solicitar uma reunião com a diretora do colégio da minha filha para tratar um assunto delicado, recebi da coordenadora de turno um recado muito objetivo com um não totalmente frio e impessoal para minha resposta.
Pois bem, não pude explicar, não pude ser ouvida, não me perguntaram qual consequência esta resposta negativa vai gerar na minha filha, que só tem 5 anos, enfim, por isso minha pergunta: Para a instituição de ensino, minha filha é só um número?

Talvez a Senhora diretora esteja muito ocupada com seus afazeres para se preocupar com essas simples questões, mas também penso que AÇÕES DIZEM MAIS QUE PALAVRAS até que me provem o contrário. Não esperava um SIM, somente um SERÁ QUE POSSO AJUDÁ-LA DE ALGUMA FORMA?
Talves o MARKETING DE RELACIONAMENTO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO onde minha filha estuda esteja um pouco defasado, pois não parecem preocupados em fidelização.


Bom, essa história ainda não terminou, depois conto o desfecho... Beijos! Paulinha Teixer

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